Tradutor

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Saúde pede socorro

Autores: Tatiana Bontay e Wagner Pereira


O caos instalado nos equipamentos de saúde do Brasil, seja público ou privado, é alarmante há muitos anos, a população está na UTI, pela ausência de políticas públicas por parte do Poder Público e má gestão dos serviços privados.

Há falta de médicos, medicamentos, hospitais, postos de saúde, equipamentos, repetindo as mazelas da maioria dos segmentos públicos e privados da nação, nada aqui funciona, mas saúde é coisa muito séria, pessoas morrem diariamente pelo descaso das autoridades “competentes”.

As mudanças ocorrem somente por questões políticas, como as promovidas no Ministério da Saúde, com a saída de Alexandre Padilha, que é motivada tão somente por sua virtual candidatura ao Governo do Estado de São Paulo, pois sua maior realização foi a contratação de aproximadamente 4 mil médicos cubanos.
O desespero da população se espalha pelas cercanias do país, como assistimos comumente a falta de médicos e medicamentos, pessoas agonizando nos corredores nos equipamentos de saúde, pois se quer leitos estão disponíveis.

Na última quinta-feira (30/01/14), na Cidade de Itiuba, no interior da Bahia, assistimos mais um capítulo deste descaso, quando não houve atendimento médico para a população, nem os casos de emergência, os Postos de Saúde da Família da Região estão fechados, os salários dos funcionários da rede pública estão atrasados a mais de 3 meses, não há medicamentos, o Gestor o Hospital Geral, entrega o cargo e nada acontece, mas cerca de R$ 600.000,00 reais foram destinados a Secretaria Municipal de Saúde, porém não há indícios de como foi empregado esses recursos.

A falta de medicamentos e médicos também afeta o interior Paulista, nas Cidades de São Carlos e Araraquara, em São Gonçalo no Rio de Janeiro, falta insulina aos pacientes diabéticos.

No Rio de Janeiro, no Hospital Norte D’Or, foi palco da violência, quando foi invadido por 6 assaltantes num arrastão em que funcionários e pacientes foram roubados. A falta de segurança tem afastado os médicos que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde da periferia na Capital Paulista, cansados de serem vítimas de furtos e roubos. Em Osasco, na Região Metropolitana do Estado de São Paulo, a população sofre com a ausência de médicos, em uma Unidade Básica de Saúde conta com um médico em cada período, só que devido as férias de um deles, o atendimento foi reduzido pela ausência de substituto.

Na rede privada, os preços dos planos de saúde são exorbitantes e sua cobertura não atende a necessidade do segurado, são objetos de inúmeras ações judiciais, que os obrigam a promover uma atendimento mínimo, como a decisão recente que são obrigados a fornecer remédios para o tratamento de quimioterapia, mas o absurdo é tamanho que basta verificarmos os valores cobrados pela realização de exames, que deveriam ser cobertos pelo plano.

A saúde agoniza em praça pública, por isso em outubro, ocupem as urnas e promovam mudanças, não tenham medo do novo, que venham novos tiricas, romários, mas esse povinho que nos governa não dá mais.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Da Redação - Copa do Mundo no Brasil – Agora é tarde




Da Redação - Copa do Mundo no Brasil – Agora é tarde

 

O Brasil será sede da Copa do Mundo a ser realizada nos meses de junho e julho, conforme anunciado por Joseph Blater, Presidente da FIFA,  em 30 de outubro de 2007, sendo considerada uma conquista do Governo Lula, ao trazer o evento ao Continente Sul Americano, após 36 anos, ou seja, desde sua realização na Argentina em 1978. 

No dia do anúncio foram montados palcos nas principais capitais brasileiras, ante a expectativa da população do País do Futebol, que entrou em pavorosa com o anúncio tão esperado, iniciando uma festa amplamente divulgada pela mídia que percorreu todas as cercanias tupiniquins.

A festa se tornou farra com os projetos mirabolantes e as politicagens que arrebentam as finanças de um país capenga, que não possui políticas públicas de educação, saúde, abastecimento, habitação, segurança, etc...

Vimos atônitos o toma lá da cá na escolhas das sedes, que deixou de fora o Estado de Santa Catarina, um dos mais desenvolvidos do país, enquanto ganhamos uma sede em Manaus e  outra em Brasília, que sequer possui clubes habilitados a disputar a terceira divisão do campeonato nacional.

Poucas vozes, como de Juca Kfouri e de Rogério Ceni, foram corajosas em alertar sobre o erro cometido, pois se gastaria muito e detrimento de investimentos necessários para evolução do país, como na educação que capenga e existe tão somente por professores que são verdadeiros  idealistas que lutam diariamente para promover conhecimento as nossas crianças, enquanto a gastança na Copa já ultrapassa 9 Bilhões de reais.

No Estado de São Paulo foi uma aberração, pois a Capital Paulista conta com os Estádios Cicero Pompeu de Toledo (Morumbi), Palestra Itália,  Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) e Osvaldo Teixeira Duarte (Canindé), mas para agradar os anseios do então Presidente Lula, vimos a ascensão de Andrés Sánchez, Presidente do Corinthians, que coordenou politicamente a construção de mais um estádio para brindar a nação alvi-negra, que esbanjou investimentos que superam em muito a casa de 1 Bilhão de reais, com milhões de incentivos fiscais por parte do Governo do Estado e Prefeitura Paulistana, as custas das finanças públicas e o endividamento do clube.

Quando o Gigante acordou nos movimentos do ano passado, seus organizadores propagavam o tempo todo que a população estava indignada e estava dizendo um basta, mas em nenhum momento aprofundaram o debate sobre a Copa do Mundo no Brasil, o hino nacional cantarolado nas principais capitais não ecoou, como vimos em jogos da Seleção Canarinho durante a Copas das Confederações.

No sábado (25/01), vimos a onda de protestos pelo país e o surgimento do movimento que conta com o apoio dos black Blocks, marcado com atos de selvageria dos manifestantes e o despreparo dos órgãos e agentes de segurança pública.

O anuncio da FIFA foi no final de 2007, porém a indignação ocorre somente em 2014, quase 7 anos passados, mas agora é tarde, pois ficamos deitados em berço esplendido, pois meia dúzia de gatos pingados não representam ninguém,  pois se analisarmos os números de participantes nas manifestações do ano passado, são infinitamente menor que o público de uma rodada do campeonato brasileiro de futebol, que teve uma das piores medias de público.

Somente na Final da Libertadores da América de 2013, o Atlético Mineiro, conseguiu colocar mais de 58 mil  torcedores no Mineirão, enquanto que o maior público dos manifestantes em Minas  reuniu 30 mil pessoas. O ápice das manifestações ocorreram em São Paulo e o Rio de Janeiro com 100 mil pessoas, enquanto a quinta (última de junho) e sexta (primeira de julho) rodadas do Brasileirão tiveram 111.000 e 138.000 pagantes, tendo 266.000 pagantes na penúltima rodada, número jamais alcançado pelos manifestante.

O Rock in Rio de 2013 contou com uma média de público de 85 mil pessoas, o show do Bom Jovi reuniu 60 mil pessoas, meses após o despertar do berço esplendido.

As manifestações  estão muito aquém de uma real consciência política popular, como as ocorridas pelo Movimento das Diretas já, que reuniu 1,5 milhão de pessoas em São Paulo, 1 milhão de pessoas no Rio de Janeiro, 400 mil pessoas em Belo Horizonte, 300 mil pessoas em Goiás e 200 mil pessoas em Porto Alegre, ocorridas nos longínquos 1984, contra um regime militar, mas de forma pacífica e nem um tiro dado.

A realidade dos brasileiros é que ocupamos o oitavo lugar em analfabetos adultos do mundo, não temos que ficar ocupando ruas, temos que ocupar as urnas em outubro e assim fazer a diferença, pois durante a Copa vamos ver ecoar o Hino Nacional Novamente, porém sem significado algum para a mudança.