O Corpo de Bombeiros deve ser órgão obrigatório em qualquer cidade do mundo, as razões são tão óbvias que não requer maiores justificativas, a falta de investimentos atinge esses profissionais, não somente nos equipamentos, mas principalmente pelos salários corrompidos por anos de ausência de política salarial.
A questão salarial na Cidade de São Paulo foi resolvida com o convênio entre Policia Militar do Estado e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, que permite ao Bombeiro Militar prestar serviço em seu dia de folga ao serviço de saúde municipal, ou seja ao invés de descansar, tem que trabalhar para complementar sua renda, numa relação curiosa de vínculo empregatício, que não gera férias, 13º salário, de base de cálculo para aposentadoria...
Os resultados são positivos, pois segundo a matéria “SAMU: Bombeiros atendem 25%”, publicada no Portal do Jornal da Tarde, a atividade delegada promoveu agilidade nos atendimentos, sendo que os 120 Bombeiros Militares envolvidos são responsáveis por 25% do total dos chamados, prestando serviço de melhor qualidade a população.
Entretanto, segundo a matéria “Cidades da grande SP não tem bombeiros”, também publicada no Portal do Jornal da Tarde, retrata uma situação preocupante em que a Cidade de Osasco, um das principais da Região Metropolitana, possui apenas um quartel com quatro viaturas e duas motos, além de outras cidades que não dispõe deste tipo de serviço ou do SAMU.
Assistimos o caos do Corpo de Bombeiro em Maceió, retratado na matéria “Bombeiro é preso em Alagoas após reclamar da falta de estrutura” disponível no Portal G1, quando ao combater um incêndio faltou água ao veículo dos Bombeiros, sendo que em desabafo, o Major Carlos Burity relatou a falta de condições de trabalho que perdura por 16 anos, tanto que utiliza capacete de sua propriedade para trabalhar, conseqüência do ato foi sua prisão disciplinar, ao colocar assuntos da corporação em público, sem autorização.
Ocorre que o fato foi notório foi veiculado no Canal Globo News, um dos principais meios de comunicação do país, em que o desespero de pessoas impotentes assistindo a perda de seu patrimônio em razão de mazelas do serviço público.