No Brasil o “Dia das Crianças” é comemorado em 12 de outubro, sendo voltado ao comércio de brinquedos, quando na verdade deveria despertar um sentimento individual e coletivo de proteção e reflexão sobre inúmeras violações que ocorrem cotidianamente vitimando nossos pequenos desprotegidos.
Notícias sobre trabalho escravo, pedofilia, exploração, abandono e maus tratos não chocam mais, porque nossa indiferença e omissão contribuem para o avanço da balburdia tupiniquim da República de Bananas.
A destruição da família é indicada como maior “indicador”, por isso os arautos e paladinos esbravejam que seu resgate é a solução, numa hipocrisia intelectual elitista utópica, pois há uma número elevado de casos em que o próprio algoz é uma pessoa próxima da criança, que por insanidade e brutalidade da natureza humana hobbesiana destroem a magia da infância e sua inocência.
As políticas de governo falham ao devolver essas vítimas aos lares sem estrutura, em que seus responsáveis também foram vítimas de um passado nem tão distantes, pois nos confundimos pela precocidade sexual em que é o pai e quem é o filho, numa cena pitoresca de crianças educando crianças.
Investir na educação é tão dispendioso?
Não adianta insistir em resgatar o passado, temos que construir perspectivas para o futuro, ao invés de programas sociais pautados em concessão de valores sem qualquer contrapartida, enxugando gelo, que um dia se finda e nada fica, temos que discutir a educação que vai desde a construção de creches à formação de cientistas, artistas, esportistas, filósofos e principalmente formar o cidadão.
Porque não buscamos retirar as crianças ociosas das ruas e as inseri-las na escola em tempo integral, apresentando diversos ramos do saber, pois assim em 20 (vinte anos) teríamos uma geração consciente que não permitira os desmandos da volúpia gananciosa política de assola através da corrupção as instituições públicas e privadas do país, nos remetendo ao coronelismo cultural criando que ainda somos colônia, mas agora com vários donos, falta interesse político.
Não posso deixar de registrar que nesta data, muitos de nós milicianos não teremos a oportunidade de abraçar nossos filhos, pois estaremos servindo e protegendo, sem qualquer distinção, tentando demonstrar que não desistimos nunca e o mal nunca vence.