Ao ler o artigo “Bandido bom é bandido morto” elaborado por Celso Athayde, publicado no Portal Yahoo, permite fazer várias reflexões, a primeira delas é que não existe bandido bom.
A frase infeliz é um resquício de uma propaganda política brasileira para legitimar ações de esquadrões da morte ou distorcer o verdadeiro papel da ROTA na rua, realidade de um passado nem tão distante.
Entretanto, estabelecer que a frase possua conotação racial e econômica é um caminho perigoso, pois massifica o entendimento de que a cor da pele define eventuais enfretamentos fatais envolvendo os agentes de segurança, distorcendo uma realidade cruel em que o crime atinge todas as classes sociais, seja como autor ou como vítima.
Alguns defendem a pena capital para efetivação dessa frase, demonstrando uma hipocrisia tamanha, pois serve apenas como mais uma propaganda política eleitoreira, pois a matéria é controversa e de tamanha delonga jurídica por ferir o direito a vida consagrada como cláusula pétrea na Carta Magna.
A evolução do estado e de suas instituições não comporta mais este tipo ilógico, que deve permanecer no passado e servir apenas de lição que não deva ser repetida.